jeudi, octobre 12, 2006

Sobre como não devemos levar as coisas ao pé da letra.


Bem, na postagem anterior eu deixei uma lacuna...mais que isso: uma promessa!
Ou talvez menos...diria que uma proposta, que acabei fazendo sem ter pensado em nada antes...
Mas, que venha o esboço da "Teoria sobre como não devemos levar as coisas ao pé da letra"

Ora, um dos primeiros argumentos dessa Teoria é aquele que questiona a existência de um, quando não dois, pé na Letra! Gente, a Letra não tem pé! Poderia ter asas...mas hoje eu não quero ser metafórica...
Vejamos, o "nosso" querido Sol não nasce.
Nem se "põe".
Mas nosso egocentrismo é tão gigantesco que chega a colocar um Universo ao nosso redor.
Mas não era isso que eu queria evidenciar, até porque sei que nós precisamos de um referencial.
Assim sendo, quero colocar uma melancia no pescoço da seguinte frase: "O Sol está muito quente hoje"
Como assim? O Sol sempre está quente! Até mesmo de noite, caros humanos. Ele está sempre lá, tudo bem, ele se move também, mas continua quente.
Não é porque as órbitas nos proporcionam um certo desencontro que a temperatura do Sol diminui.
Mas se o leitor é sagaz o bastante para me colocar numa bela saia justa, ele perceberá que ao longo do escrito eu caí na tentação de colocar um pescoço em frase, ao ponto de pendurar-lhe um melancia!
Estaria eu imersa em um mundo metafórico? ............poxa.
Nossa linguagem é incrivelmente "intertextualizada".........mas isso não vem ao caso.
Confesso: vem. Vem e está na primeira fila do espetáculo. Ou não.
Mas, enfim...vocês já devem ter notado nossa dependência inequívoca para com as metáforas, certo?
Eu só não entendo por que não devemos fazê-las...talvez seja porque eu segui a linha do que havia dito antes e não quis perder o raciocínio.
Então não perderei.

Vejam, eis que a Resposta me chega à mente...ora ora, ela também já estava lá, mas esqueçam isso...a Resposta é a seguinte: se formos levar as coisas ao pé da letra, estaríamos parecendo demasiado infantis.
Ao ponto de colocar pescoços em frases - junto com as melancias! -, pés em letras, dentre outros exemplos que vocês mesmos podem dar.

Eis o mistério da fé!
Agora sim eu cheguei a um bom argumento!
Afinal, por quê nos prenderíamos à metáforas ridículas como, por exemplo, dizer que a mulher brotou da costela de um homem, não fosse nossa paixão-dependência em relação às metáforas?
Tudo são metáforas, meus caros!

E talvez essa seja a RAZÃO pela qual não devemos levar as coisas ao pé da letra...=X
Mas eu não estou querendo violentar a fé de ninguém, tampouco ser irônica...rsrs...afinal, é desumano dizer para uma criança que o Papai Noel não existe!
Fiquemos, pois, com nossas metáforas...com nossas crenças e descrenças.
Eu fico por aqui, sem mais delongas.

1 commentaire:

AlrishA a dit…

Puxa... eu no teu lugar, com um tema desse, acabaria fazendo uma coisa sem "pé nem cabeça" kkkkkkkk

Interessante a tua forma tão racional... acho que o mundo é demasiadamente metafórico para poder suavizar as coisas... e eu sou inevitavelmente metafórica por conta da minha natureza poética.

É, moça, "pensar é a maior coragem"...