samedi, février 26, 2011

ê 1

Caíque é bonito desgrenhado.
Beleza assimétrica, das que mais profundamente me encantaram. Ela me envolvia quando eu alcançava o alto de sua cabeça, intocável, e assanhava os cabelos: confundia o tempo.
No que pairava, olhando cada detalhe do que nem via, as fendas que o sorriso lhe abria e um silêncio que nem sei. Mas que é feito de música.
Éramos dois desconhecidos, abraçados à serenidade do que não-se-sabe-mesmo, talvez. Cada qual a seu modo e caminho, contas e contas.

correndo e olhando o céu

Nunca mais poemas.. palavras soltas amontoam-se tranqüilas nos rodapés e paredes de vários lugares. Mas é bom. Não formarem contexto... talvez sinal de que eu esteja deixando as coisas fluirem antes de tentar entender. Mas bla.
Não há perigo de esfriamento ou entopimento de qualquer veia poética. Do contrário..

Decidi virar meu espelho pro céu: estudar estrelas de nêutrons!! estudar estrelas é uma forma de se aproximar da poesia, toda ela. No plural. 'Espelho do mar de mim'...
A correria tem me impedido de ser reticente. ... mas sigo o conselho de Cartola: ai, corra e olha o céu, que o sol vem trazendo bom-dia. Divino

Linda.. no que se apresenta, o triste se ausenta... a beleza verdadeira, como bem colocou Newton da Costa num discurso que fez na UFPB, é aquela que se transforma sempre e sempre nos encanta a cada mudança..
é bom ter uma fonte de dúvidas e cuidar bem dela. Dá força e rumo quando tudo parece querer parar e se perder.

O que a gente tem de estrela sabe esperar o tempo de explodir, né? Ciclos, sempre.