dimanche, avril 12, 2009

Ah... o Silêncio. Certo mesmo é que não de todo silencioso. Uma eloqüência no dentro: indizível. Frases, textos, tudo no não-dito. Não mais do que normal. Mas isso tudo existe! Eu posso sentir, posso fazer, bastando que se pense. Nada existe se não tiver existência, não é lógico? Mas o que seria "pensamento"? Há de ser físico, já que Natural. E isso não é devaneio. Pois bem, se não físico, o que tocam os já existentes impulsos nervosos? A partir de onde perdem a existência? Bla.
Queria ser médium, queria ser esquizofrênica, queria perceber outras formas de Realidade. Mas estou sozinha nesse escuro pauperrimamente manchado com a luz do celular que a faz ler essas palavras inúteis à escuridão. Se bem que... inutilidade por inutilidade. Esse não é nem de longe o verbo. Sim, estou só nesse escuro. Não há espíritos que eu possa perceber, embora quisesse. Cresci vendo quem os percebesse, quem os desse expressão em nossas queridas freqüências auditivas. Não duvido da existência deles. Queria mesmo que meu tio Heitor me tocasse o ombro e me sorrisse. Ilumino meu ombro: intocável.
Não... não me creiam louca. Minha doença mental é exatamente a sanidade! Minha loucura é exatamente a de perceber apenas o que se chama per-cep-tí-vel, o que queima o desconhecido. Percebo o Real de uma realidade palpável, riscável, calculável. Mas a própria percepção é tida por impalpável, indimensionável, como é isso? Há de ser calculável a realidade toda, porque se for assim como se acredita, se nem-tudo-for-calculável, entendível, "visível", tradutível.... então não há continuidade! E se não há continuidade, como se há de Integrar a realidade enquanto função de infinitas variáveis?
Não, isso não está certo. Se eu pretendo mesmo contribuir de forma relevante para a construção dessa perspectiva, devo começar me dedicando bem mais a Cálculo II. Eis umoutra escala onde me debato na realidade. Droga.