samedi, janvier 26, 2008

Trans-lucidez

Mas se a Terra já no céu, por que não nós?

Com a tranqüilidade de um ser celestial,
Observo a luz que ultrapassa a atmosfera
- esta redoma vulnerável
Que nos envolve a Percepção,
Que nos poupa das luzes não-assimiláveis
Que nos permite o som
Que nos protege do vácuo
Preenchendo-nos com um egocentrismo azul

- Isolamo-nos do Cosmos
Com Nuvens fugidias e ilusórias
Julgamos ilustrar o paraíso
Que há em cada átomo
Em cada fóton, em cada hádron
Em cada vibração de Shiva
Em iminências e explosões de Tchaikóvsky
Mas as Nuvens são só o vapor
Das águas que roçam à Terceira Margem do Rio

Esquecemo-nos da unicidade quasesférica da Terra
Pomo-nos fronteiras
Embrutecemos o Anarquismo
A hipocrisia inercial são lentes opacas
Com a qual muitos vêem o Tudo permitível
Honremos o despudor dos olhos nus!