mardi, octobre 31, 2006

Como uma boa cristã que eu não sou...


rsrs, acabo de chegar da igreja!
Fui ao aniversário de minha priminha...completou três aninhos hoje, que lindinha que ela é...
rsrs, vesti uma roupa e coloquei a minha melhor cara sarcástica, um certo olhar misto de pena, desprezo, uma vontade muito grande de rir...e o que eu posso fazer?
Não me considero superior, tenho que ser fiel à hipocrisia de nossa bela civilização.

Entro. As ovelhas, digo, as pessoas sentadas ouvindo o pastor e dizendo béééé, digo, amém.
Estava com a maior boa vontade para ouví-lo, não obstante, estava me sentindo uma espécie de entidade anti-cristo....mas eu não sou assim.
"Hoje comemoramos duas datas especiais: o aniversário da Reforma Protestante e o aniversário desta abençoada aqui, Rebequinha! Sabe, irmãos, a Humanidade passou muito tempo sem saber a Verdade. Antes, ela estava restrita a uma pequena minoria, os cléricos...blablabla. Mas no ano tal Deus concedeu a um monge, Martinho Lutero, que mostrasse a Verdade às pessoas, e só a partir daí foi que nós nos demos conta do poder de Deus..." É...interessante isso, eu só me pergunto por que Deus só permitiu que a Verdade fosse mostrada quando o contexto Europeu de então favoreceu a uma mudança de costumes, uma adaptação ao meio, ó meus irmão... Por que Ele esperou surgir a necessidade de uma religião que pudesse andar de mãos dadas ao capitalismo? Realmente, isso é muito interessante.¬¬
Façam-me o favor!
Ok, pior foi quando ele falou "...e os filhos devem ser encaminhados no caminho certo, no caminho da Igreja, no caminho do Senhor, amém? (Améééém) Longe das drogas, DO HOMOSSEXUALISMO..." Como assim? Tudo bem, longe das drogas até que vai...mas...............quer dizer que um homossexual é menos digno que um hetero? Olha, disso eu tenho nojo. E qual o problema em se relacionar com indivíduos do mesmo sexo? Gente! Os seres humanos pensam com o cérebro, não com os órgãos sexuais! Que coisa nojenta dizer que os gays são doentes...sinceramente. Existem patologias muito mais sérias.
Mas essa é a minha visão de mundo.
aiai..........depois disso veio a festinha e tal...bolinho, refrigerante, sorrisos vazios........enfim.
Ah, mas foi bom, não vou dizer que aquelas pessoas são desprezíveis (só um pouquinho..rsrs, brincadeira). Não, eles são seres humanos, são animais próximos, e eu os quero bem.
Mas que não venham me evangelizar.

dimanche, octobre 29, 2006

Eleições.........


Nossa.......esse segundo turno foi freud!
Eu só tenho um resultado a comemorar: A VITÓRIA LINDA DE LULA!
puts, o cara é um mito! Incrível. Eu tenho uma profunda admiração por ele, não só por ele ser nordestino, mas por ele ser tão inteligente. O cara marca presença mesmo, não é como aquele lerdo do Álcool em mim...que chega dá nojo de olhar....aquele sorriso forçado, artificial!
Lula não! Ele não precisa fingir simpatia, nem agarrar as pessoas, as pessoas é que vão ao encontro dele. Eu lamento muito não ter votado nele, já que tenho apenas 15 aninhos =(

Mas, em compensação.........AQUELE IMBECIL, LADRÃO, NOJENTO, FASCÍNORA, DISSIMULADO, RIDÍCULO, IDIOTA, AAAAAAAAAAAARRRRRRRRR DO CÁSSIO CUNHA LIMA ganhou!
Olhe...por essas e outras é que é difícil defender a plebe. Como é que o povo pode ser tão burro assim? Nessas horas eu quero até não ser compreensiva.
Mas tudo bem. Ele venceu por compra de votos, que saiu até em rede NACIONAL ontem...por trocas de favores (emprego), lá na sala mesmo tem várias pessoas que votam nele pelo emprego dos pais, assim é foda cara..........mas tudo bem.
Ok, eu não gosto muuuuuuuito de Maranhão, não vou com a cara dele. Não sei dizer pq realmente. Eu tenho arrepios qd ele diz "probemas" e rsrsrsrsrsrsrs:
VAMOS NIMINIZAR OS PROBEMAS DE TODOS OS ESTADOS DA PARAÍBA! hahahahahahhahahahahahhahaa....realmente.................mas eu queria que ele ganhasse.
Enfim.
Ah, mas eu preciso expressar minha raiva de Cássio....PUTA QUE O PARIUUUUUUUUUUU
pronto, estou bem mais tranqüila agora...mentira.
:(
:)

jeudi, octobre 26, 2006

Questão Relativa


Eles são tão hipócritas
Idiotas, mercenários, selvagens
- E se dizem civilizados...
Eles não sabem o que fazem
Mas eles fazem o mundo
E o mundo se perdeu no aparente espaço vazio
No qual está imerso
Eles estão perdidos...são desumanos
E os humanos são a síntese irônica
Da Humanidade
Eles desmoralizam o metabolismo, as desinências,
Subtraem o que deveria ser adicionado
Desmoralizam a matemática
Desmoralizam o que não conseguem compreender,
Numa contradição imprudente, inconseqüente...
Desmoralizam a moral;
A qual se reduz à imagem distorcida
Que fazem frente a um mundo distorcido
Eles são corruptos, egoístas
Sempre querem vencer
Não importando a quem ou a quê...
Eles esquecem que são animais
Elevam-se, rebaixam-se
Em um complexo dualismo imaginário
Mas quem são eles?
Será que não sabemos?
Por que não "Nós" e sempre "Eles"?
Quem delineia e onde está essa barreira?
"Nós" nunca somos culpados, por não querer ser,
Por que temos mania de vítima?Seríamos vítimas de nós mesmos? ANIMAIS!!
Sim, é com vocês...Por que vocês se espantam ao serem assim chamados?
Vocês são animais, nós somos!
Racionais ou Irracionais....Questão Relativa.

mercredi, octobre 25, 2006

Estou cansada.........



Poxa..........nem estou atualizando essa coisa................mas tudo bem, tenho meus argumentos.
E nem precisava ter, ora ora.
Final de ano, vários projetos, livros pra ler, pessoas no msn pra conversar (rsrsrs)

Mas eu não estou com raiva, nem entediada, nem insatisfeita........estou é muito feliz!
Principalmente com um projeto paralelo que eu arranjei! Um texto sobre Carl Sagan, escrito com um cara que eu acho simplesmente incrível!!

Sagan, Sagan.....excelente escritor, na oportunidade, leiam. Pois é, não posso vir aqui e escrever sobre outra coisa a não ser o texto, a feira de Ciências (Metodologia Científica!!), o VESTIBULAAAAAAAAAR, os livros que estão me preenchendo...
por falar nisso, estou acabando de ler um do Marcelo Gleiser do qual gostei muito.

A divulgação científica é muito necessária...já dizia Sagan. O que Gleiser faz não é de se dispensar. Já ouvi, no entanto, muitas críticas negativas a respeito do trabalho dele.
Não sou da Academia, não sou cientista, mas sou leitora. E tenho opinião crítica.
O livro que eu li, A Dança do Universo, não tem a beleza encantadora de um Pálido Ponto Azul, de um O Mundo Assombrado pelos Demônios, mas tem a beleza de um Gleiser rsrsrsrsrs, não era isso que eu queria falar.
O livro de Gleiser é muito bom. Escrito em uma linguagem clara, filosofa quando necessário, explica teorias também quando necessário. Eu diria bastante ponderado. ^^
Pois é, esse é um dos meus Universos. Numa casca de noz ou não, eu estou aqui dentro.

Ou não.

samedi, octobre 14, 2006

Lamentos (ou A viagem sem volta)


A Hindemburgo de Carvalho Lisboa,

que exerceu - e que ainda exerce - profunda influência sobre minha forma de ver o mundo. Que fique aqui a minha sincera homenagem e o meu modesto muito obrigado (ou seria muito obrigada?........hunff....)

Lamentos

A vida é uma árvore,
Os humanos são seus frutos.
Como não poderia deixar de ser,
Os maduros caem;Neste caso, a força da gravidade tem outro aspecto:
Age em proporção com a consciência
Alguns não suportam a queda
Realmente, o impacto é profundo
Principalmente se carregam muitos livros...
Muitos vagam
Vêem o solo, estudam sua natureza
Sentam-se, cansados, quando não acham sentidos
Lamentam-se...
Mas a Terra, este planeta desgraçado,
Lamenta-se mais ainda
Olha para o céu; vê os outros planetas,
De uma certa forma harmoniosos,
Invejando-os, interroga-se:
- Por que, com tantas outras superfícies,
Essa maldita árvore vem crescer logo em mim?!?
A Lua, este astro que sente-se atraído pela desgraça,
Tenta consolar:
- Não fale assim, esfera mofada, não vê que nós também
Somos atingidos e deformados por vários cometas?
- Sim, vejo. Mas continuo a falar, pois tenho
Consciência de que a minha desgraça é maior...
Esses vermes humanos me atingem, me deformam, me destroem.
São cometas que eu alimento, dou apoio
Mantenho presos...
Sei que nem todos são tão ignóbeis,
Elevo os que derrubo, quero-os perto de mim.
Esses me orgulham!
Porém confesso, Lua detenta, que chego a ficar feliz
Quando ouço dessas amebas amigas
Que há séculos andam construindo uma serra,
Para cortar essa árvore maldita.
Eu já ouço o barulho da destruição...
Quando virei, porfim, a viver em paz?
- Eu realmente não sei...Mas, a propósito,
Há um certo tempo venho observando a presença
De vários humanos por aqui.
São estranhos, silenciosos, intactos...
Vejo, agora mesmo, um senhor de barba branca
Sentado ao lado de um jovem e simpático rapaz - não obstante
Sua cara de paisagem, que é irritante -
Ambos estão cercados de criancinhas com asas
- não menos entediantes -, sabe do que se trata?
- Ah, tenho idéia...sempre achei que coisas do gênero
São meio aluadas, perdoe-me a sinceridade minha cara.
Trata-se de uma representação machista
(uma das, quero dizer) da força que mantém essa árvore viva.
Noutras palavras: eis uma expressão religiosa
É a mania que as pessoas têm de colocar tudo aos seus
Arredores e semelhanças... Só entendem o que querem
Talvez até exista um sentido para essa complicação
Mas só não é o que habita as mentes da maioria insana.
Vários são os credos, é verdade, mas vários também são os enganos
Os entorpecentes...
Quase sempre confundem os galhos intermináveis e confusos da árvore
Com terra firme, com realidade
Este fato não mais me surpreende, já Globalizaram os erros mesmo...
E até Humanizaram, pois no sentido generalizado,
Ser desumano é ser sensato
Mesmo que a moralidade grite por manter sua Ordem
Até o Sol eles arrajaram de ter como inimigo!
Concordo - e muito - com quem diz que seus raios
São ultraviolentos, e talvez isso seja, dentre outras coisas,
Decorrentes daquelas ilustrações ridículas e egocêntricas
Do Sol com carinha feliz...bem feito...olhe pra isto,
Já estou virando até masoquista!
- Esses pequeninos são perigosos mesmo, soube que vêem
Até um rosto humano em minha face...que imaginação fértil, heim?!?
Não sei como você suporta.
- Eis o poder da inteligência, da...consciência!
Mas, como já disse, nem todos os vermes são repugnantes
Alguns são bem interessantes
Têm pensamentos bem lógicos, escrevem bons livros
Fazem uma boa música, uma boa Arte...efim,
Me ajudam a suportar o peso, os sofrimentos.
Tenho pena destes, pois conseguem ouvir meus lamentos,
Sentem-se insignificantes...
- Razão pela qual não falta,
- Eu sei, é que...é que...É!

(Maíra Vasconcelos)

jeudi, octobre 12, 2006

Sobre como não devemos levar as coisas ao pé da letra.


Bem, na postagem anterior eu deixei uma lacuna...mais que isso: uma promessa!
Ou talvez menos...diria que uma proposta, que acabei fazendo sem ter pensado em nada antes...
Mas, que venha o esboço da "Teoria sobre como não devemos levar as coisas ao pé da letra"

Ora, um dos primeiros argumentos dessa Teoria é aquele que questiona a existência de um, quando não dois, pé na Letra! Gente, a Letra não tem pé! Poderia ter asas...mas hoje eu não quero ser metafórica...
Vejamos, o "nosso" querido Sol não nasce.
Nem se "põe".
Mas nosso egocentrismo é tão gigantesco que chega a colocar um Universo ao nosso redor.
Mas não era isso que eu queria evidenciar, até porque sei que nós precisamos de um referencial.
Assim sendo, quero colocar uma melancia no pescoço da seguinte frase: "O Sol está muito quente hoje"
Como assim? O Sol sempre está quente! Até mesmo de noite, caros humanos. Ele está sempre lá, tudo bem, ele se move também, mas continua quente.
Não é porque as órbitas nos proporcionam um certo desencontro que a temperatura do Sol diminui.
Mas se o leitor é sagaz o bastante para me colocar numa bela saia justa, ele perceberá que ao longo do escrito eu caí na tentação de colocar um pescoço em frase, ao ponto de pendurar-lhe um melancia!
Estaria eu imersa em um mundo metafórico? ............poxa.
Nossa linguagem é incrivelmente "intertextualizada".........mas isso não vem ao caso.
Confesso: vem. Vem e está na primeira fila do espetáculo. Ou não.
Mas, enfim...vocês já devem ter notado nossa dependência inequívoca para com as metáforas, certo?
Eu só não entendo por que não devemos fazê-las...talvez seja porque eu segui a linha do que havia dito antes e não quis perder o raciocínio.
Então não perderei.

Vejam, eis que a Resposta me chega à mente...ora ora, ela também já estava lá, mas esqueçam isso...a Resposta é a seguinte: se formos levar as coisas ao pé da letra, estaríamos parecendo demasiado infantis.
Ao ponto de colocar pescoços em frases - junto com as melancias! -, pés em letras, dentre outros exemplos que vocês mesmos podem dar.

Eis o mistério da fé!
Agora sim eu cheguei a um bom argumento!
Afinal, por quê nos prenderíamos à metáforas ridículas como, por exemplo, dizer que a mulher brotou da costela de um homem, não fosse nossa paixão-dependência em relação às metáforas?
Tudo são metáforas, meus caros!

E talvez essa seja a RAZÃO pela qual não devemos levar as coisas ao pé da letra...=X
Mas eu não estou querendo violentar a fé de ninguém, tampouco ser irônica...rsrs...afinal, é desumano dizer para uma criança que o Papai Noel não existe!
Fiquemos, pois, com nossas metáforas...com nossas crenças e descrenças.
Eu fico por aqui, sem mais delongas.

Correções à parte

Ah....devo fazer uma correção...
A minha impaciência falou a vocês que Renato Russo morreu no dia 10!
Quando na verdade ele morreu na madrugada do dia dez para o dia 11...rsrs, vcs entendem né?
Ai ai...
Mas vocês já perceberam que a gente nem sempre pode levar as coisas ao pé da letra?
Olha.....não fosse o meu tempo estourando e eu falaria mais sobre isso...
Depois eu formularei a minha "teoria sobre como não devemos levar as coisas ao pé da letra"..............
Ora....que viagem!

mardi, octobre 10, 2006

É tão estranho...os bons morrem jovens...Viva Renato Russo!


Dia 10 de outubro de 2006.
Dez anos após o último suspiro de Renato Russo...podem rotular de puro fanatismo.
Que rotulem.
Às vezes é bom olhar apenas para o que o que se sente, e não para o que sentem.

Enfim, o que eu sinto por ele é Amor, do mais puro, do mais sincero...a "Amizade verdadeira de um sepulcro para outro sepulcro", como dizia Augusto..........

Pois bem, o que mais eu posso sentir por uma pessoa que me ajudou a escrever meus medos, minhas paixões, pensamentos, revoltas, tristezas, angústias...?
Eu chego ao cúmulo de não questionar as coisas com as quais não concordo muito. Mesmo quando não concordo em nada, mesmo sabendo que, se fosse outra pessoa que tivesse escrito aquilo, eu iria achar meio cafônico. Ora, a contradição é inerente ao Ser Humano,e esse argumento é particularmente satisfatório...

Viva Renato Russo em nossas mentes (porque o que temos no coração são cavidades não-pensantes, inpedindo-o de sentir de fato alguma coisa...)

Fiquemos então com um pequeno escrito que eu rabisquei quando olhava (ou tentava enxergar) o poster que fica logo acima da minha cama, vale salientar que eu sou miope...ora, ora...não vamos entrar em detalhes!

E o teu rosto foi perdendo cada vez mais a nitidez
E você virou um vulto...
Um idolatrado vulto
Mas não era só você que estava desaparecendo diante de mim...
As palavras, o papel, os livros...
E eu saí da linha em que estava me escrevendo
Porque a essa altura - ou depressão, como queiram -
As lágrimas já estavam saindo para perguntar
O porquê de tanto choro
Elas vieram contemplar junto a mim
Tua imagem (des)focada...
Ó, meu belo Renato.

JÁ ME ACOSTUMEI COM A TUUUUUAA VOZ
QUANDO ESTOU CONTIGO ESTOU EM PAAAAAAAZ!

lundi, octobre 09, 2006

"As espécies evoluem"


Talvez Darwin não tivesse a intenção de ser tão abrangente ao afirmar que as espécies evoluem, mas o fato é que, paralelamente às evoluções - ou mudanças, posto que nem sempre evoluímos - que podemos chamar de físicas, estão as que temos por sociais.
À medida que a Humanidade vai criando noções de sociedade e vai moldando sua sobrevivência, ocorre um processo a que chamamos História. Em determinados pontos de seu desenrolar, estão situações críticas em que, por exemplo, é necessária uma mudança de hábitos.
Podemos deduzir, então, que esse caráter mutatório é uma característica nossa, não apenas, mas também nossa. Para citações de fatos, temos as passagens de um modo de produção para outro, de um regime político para outro, de uma corrente filosófica, artística, cultural para outra.
Falar do que já aconteceu, das mudanças que já se fiseram, constitue uma tarefa fácil em relação a falar das mudanças que estão acontecendo. Pois as mudanças nas quais estamos imersos ainda nos são confusas. Afinal, como definir nitidamente o que ainda não podemos ver ao todo? Como saber a hora de mudar?
Como bem disse Flávio Gikovate, "fugir dos nossos antigos hábitos de viver e pensar nos provoca medo e desproteção; porém, persistir neles nos tem causado brutal frustração", mas isso tudo não se deve a outra coisa senão a nossa capacidade de "adaptação ao meio".