samedi, septembre 30, 2006

Um rabisco

Teus olhos vazios me refletem
E eu também sou vazia, mas opaca.

ahhhhhh, como eu queria pular dessa brana pra outra...

Got a good reason!
(...) She was a daaaaaaaaaaaay tripper...no...my brain is a daaaay tripper!
Enfim.
Você não precisa entender, que fique bem claro.

Eis um momento de loucura documentado! yeah....interessante isso.


Veja: esse meu desespero é tão inútil!
Inútil, mas necessário...contradição infeliz...
Não, não "só" a contradição é infeliz.

Eu sou infeliz, sou uma contradição
Sou uma contradição infeliz!
E a minha essência é o desespero
Aquele que é inútil, mas necessário...
Talvez isso sirva de consolo...
Não. Isso definitivamente não serve de consolo!
E nem precisa servir...porque um coisa vã não merece crédito
Não merece, mas exige

Por isso, paredes, eu exijo vossa atenção, vosso consolo.
Ora, parem de dizer que já ouviram isso antes
Porque eu também já ouvi isso antes, aliás...como já dizia o grande Renato Russo...
SEMPRE MAIS DO MESMO...por mais que o mesmo mude,
Ele sempre será o mesmo
Porque ele é um sujeito que não gosta de contradições
E é por isso que não nos damos bem. (muitos risos)
E isso não teve graça. Mas você TAMBÉM pode rir.

dimanche, septembre 24, 2006

Conversão de uma mula

Boa noite
Imaginem, meu caros, que uma pergunta vive me chocando (no bom sentido, é claro)...
Quem precisa de ciência?
Como assim? Essa pergunta é ridícula! Pra mim, Ciência é uma palavra que se deve escrever SEMPRE com inicial maiúscula. Ciência! Coisa tão bela...sim, humanos, nós evoluímos, esqueceram? Não somos mais macacos. Seres Humanos= animais racionais. É muito doloroso o fato de muitas pessoas ignorarem esse Fato. Mas, à propósito...

CONVERSÃO DE UMA MULA

Quem precisa de ciência?
Para que saber como age a Natureza e compreender
Suas funções, suas profundidades, seu sentido...?
Afinal, somos mulas!
E mulas não precisam entender seu pasto.
Tão inútil essa física, essa química,
essa biologia, essa matemática, essa literatura...
Para que valorizar o pensamento?
Afinal, somos mulas e só queremos pastar!
Os poemas foram escritos exclusivamente para que eu não os entedesse,

Os poetas são criaturas tão egocêntricas e contraditórias...O que?
Você me chama de egocêntrico por isso?
Não, que equívoco o seu!
Eu realmente não consigo enxergar outra razão para isso.
Sou o centro das atenções, tenho um universo inteiro como palco
E quem criou tudo isso me é fiel!
O que? Me chama agora de pretensioso?
Não, que equívoco o seu!
Como pode ser tão prepotente?
É tão normal e belo e coerente e confortante ser mula!

Pastar aproveitando as regalias proporcionadas pelas outras mulas!
Aquelas que dizem entender o que pastam - questionando-o.
Aquelas que formulam uma teoria e conservam no próprio âmago
Sua própria de(s)teorização...
Ora, vejo que me chama de inútil!
Como pode? Não, que equívoco o seu!
Não queremos compreender o como, o por quê e o pra que de nosso pasto
Afinal, somos mulas e só queremos pastar!
Ora, mas que impertinente que és!

Que me diz agora? Que tenho um cérebro? Que posso pensar?
Quer dizer que é para isso que ele serve?
Não só para locomover meu corpo e meu bando?
Nossa! Agora vejo sentido no que dizias...
Mas que coisa é essa que tens nestes livros?
Um espelho? Deixe-me ver! Como assim? Sou um ser humano?E não uma mula?
Como pude apenas pastar por esse tempo todo?
Não, que equívoco o meu!

Eduardo


Ela mergulha na profundidade de seus pensamentos
Seu mundo se estende ao seu redor
Não precisa explicar a ninguém o que está havendo
Seu corpo sangra dissolvendo-se em seus lamentos
Suas células latejam um dualismo tácito
O qual a acostuma com o silêncio
Fazendo-a, no escuro, observar aquilo que - de certo modo - não está vendo

Eu observo seu olhar tetricamente contagiante-
Seu otimismo confunde-se com utopia
Seus momentos felizes confrontam-se com a certeza de que logo estará sozinha
A alegria não é mais seu objetivo
Desde que se fascinara com o que a fez despertar
Seus sonhos são, na verdade, o que chamam de realidade
Mas este é apenas mais um conceito que precisou modificar

Suas especulações fazem de mim um personagem onírico
E eu já nem sei quem se olha ao espelho...
Mas, não suportando dor tão imensa,
Abre seus olhos para dormir e pensa
E grita, e cala, e sonha, e vive...
Grita para que não precise apontar suas armas para a própria cabeça
Cala para voltar à casa em que reside
Sonha, ainda acordada, apreciando o jovem Titã a sua frente
Vive como a "pequena Deusa" enrolada na própria mente.

Este foi um poema que eu fiz pra um grande amigo meu, Eduardo, que fez um desenho e pediu pra que eu escrevesse alguma coisa em cima do que eu entendi sobre ele...mas eu acabei desenhando outra coisa depois de escrever o poema.
Está aqui o desenho...e é só.

Saudações Anarquistas.

Maiara

Bem, este poema surgiu na verdade depois de uma briga com minha irmã, Maiara, mas vocês podem tê-lo pelo nome de "A uma descontrolada" rsrsrsrs...até que as madrugadas em claro servem para alguma coisa...enfim.


Maiara
Você nem sabe, mas eu pensei em te pedir perdão
Mas o silêncio era tão grande
E estava tudo tão escuro
E eu me sentia tão sozinha
Que passei a temer por sua reação
Então o que eu precisava era esquecer
E imaginei um deus, que era bom, que eu amava
E ele estava lá em cima do telhado
E aquele barulho era ele...poque só ele estava acima de minha cabeça
Porque eu sabia que não estava em condições de ser superior
Mas só por causa disso.
Mas eu observei, minha cara, que ele era uma figura muito distante
Então criei anjos e demônios
E os anjos choravam por mim, e choravam comigo...
E eu os amei, eles eram bons.
Mas a boa senhora disse que os demônios eram maus
Então eu imaginei que os meus demônios eram maus
E eles estavam rindo de mim
E eles estavam transformando em vinho todas as minhas lágrimas...
E eu chorei por isso...
Mas eu fiquei irritada com tamanho desdém
Então eu quis destruí-los! E eu cheguei a tentar
Mas eles estavam na minha cabeça
Foi quando um deles me contou o porquê de tantos risos
E eu concordei com suas Razões
E passei a rir das minhas lágrimas
Porque elas eram realmente patéticas
E eu passei a achar todo aquele circo realmente engraçado
E me embebi de todo aquele vinho:
Pois o deus e os anjos estavam aos prantos agora...
E eu ouvi tua respiração tentando estancaro ruído humilhante do choro
Mas eu não me importava mais com isso
E todos se irritaram com meu desdém
E eu vi que meu amigo era bom, assim como eu
Porque a bondade, minha cara, é aquilo que vemos com bons olhos
Mas aquela situação era teatral, eu só não sabia se era mais tragédia ou comédia
Então nós bebemos a morte das outras personagens,
Porque eu não precisava mais delas.
Foi aí que eu ouvi a indiferença do relógio,
E louvei sua imparcialidade
E ninguém mais chorava, e meu amigo morreu de sede...
Mas eu não chorava mais, tampouco ria
E eu sabia que de nada adiantava chorar ou rir
Porque o relógio não parava

Não parava de me dar a prova...
E eu acabei.
Adormecendo.