dimanche, février 25, 2007


...pois que entrei em minha "fase" Raul Seixas!!

...pois que penso em escrever um livro.

Dois


Um apenas com poemas, juntamente com MARCO VALLADARES
genial, não há outra palavra pra definir esse cara...há, não mais que sinônimo.

Com ou sem dúvidas, um marco na minha vida...

E um outro, não é certo, também não é errado...um projeto, ou menos: um desejo, ou mais: uma pretensão. Ou qualquer coisa que impulsione. Os pulsos aguardam apenas um impulso mais viável, ou não. Não há certezas.

Agora estou com sono, de modo que não me levantarei daqui para pegar uns escritos novos no meu caderno que prova o caráter entrópico das coisas. Não deixa de ser...a entropia é representada graficamente por aquelas páginas............algo muito mais interessante que esse blog, todo arrumadinho, com margens prescritas (programadas), porém não mais legível. Detalhe básico...nada supera um bom rabisco, as palavras que transcendem linhas, despencam ao fim da folha voam ao rodapé mergulham umas sobre as outras, quando escrevo no escuro de um quarto, ah...é bem mais poético.

Tudo bem, vou parar de escrever como se estivesse em um diálogo com um possível leitor, até porque..........................não, explicarei em próxima postagem.

samedi, février 24, 2007

rsrs, hoje sim aconteceu algo interessante. Lá vou eu comprar ovos, quando vejo o jornal que estava em cima do balcão - o que iria envolver a minha grade. A gravura de um cérebro me chamou a atenção. Aproximo-me. Na verdade, aproximo-me bastante, já que sou miope...Enfim, vejo que se trata de uma matéria "gigantesca" a respeito de Ciência. Motivo das aspas? A dificuldade de se encontrar três linhas consecutivas com temas científicos em um jornal popular. Vibro ao ver que vou levar o jornal...felicidade instantânea.
Era uma matéria sobre criobiologia e imortalidade, uns estudos que estão sendo feitos no sentido de manter a baixas temperaturas cérebros humanos a fim de que, num futuro relativamente próximo, sejam "implantados" em corpos mecânicos - o que se supõe conservar todo o tecido intelectivo e memorial das respectivas dos que já se foram.

Achei isso bem interessante. Mas confesso estar com um pé atrás.
Reafirmando a minha resposta a quem pergunta se eu acredito em Deus, posso também dizer o que se segue: Acredito mesmo na minha ignorância. Não me vejo em condição de afirmar que não é possível, tampouco que é possível.

E tenho dito. rsrs.

A ausência de forma imperativa para a primeira pessoa me obriga a tratar o espelho como a outra pessoa...


"A minha respiração sussurra o que ainda está vivo"

Ela disse certa vez

Disse enquanto vivia

E antes de morrer, dirá que

Deitou-se no chão de certo salão

Ouvia Cazuza, e aquela vivacidade

Já havia morrido

E enquanto acariciava o cadáver

Indolente de uma aranha que estava

Na caixa de som,

Olhava a fotografia da falecida avó...


O sarcástico é que ela não sabe aonde

Vai e voa o pensamento que soltou

Nem o que vai acontecer com o que ficou

Se vai com ela

Se ela vai ficar

Ou se vai voar.

mardi, février 20, 2007

Números Complexos

Isso é o que dá gostar de Matemática e de Literatura ao mesmo tempo...

Tudo estava bem...
Ela fumava os Fundamentos da Matemática Elementar
Cheirava Cazuza naquelas páginas antigas
Mas entre aqueles números
Havia um certo papel dobrado
Havia tanto tempo ali
Que os cupins se deram ao luxo de fazer únicos furos
- Atravessando Tudo como flechas
Ai, foi aí que ela sentiu a neuralgia
E doeu tanto...
Sei porque suas mãos foram ao peito
Com a intenção de estancar a Saudade que escorria
Pelo quarto
Naquele papel estava um esquema-resumo
Que seu pai preparara
Há Tempos (faixa belíssima de Mais do mesmo...)
O cd estava a sua frente, como sempre
E de novo aquilo se repetia:
Lágrimas e depois, poema.
Quando ela foi me olhar,
Contraiu toda a sua angústia em uma imagem
Que adentrava o Sangue Latino, de Ney Matogrosso
Mas aquele sangue circulava nela
Eu era e sou apenas a imagem
A imagem de uma matéria instável
Zeus!
Será que ela é real? E eu virtual?
Ou é tudo uma questão de números imaginários?
E, para nossa tristeza, logo após seremos
Igual a menos um
Uma demonstração simples...uma lógica que assusta
Tudo é complexo demais para ser real
Mas está aí: o Real é parte da Complexidade!
Eu ainda quero descobrir o conjunto dos Surreais,
Também dentro dos complexos, logicamente
Talvez eu me enquadre melhor nele
Já que não sou natural
Nem inteira
Nem racional (...)
Nem irracional
Nem real - vai saber
E ainda dizem que a Matemática não faz sentido

01:06, mais ou menos
Ela dobra o papel, fecha a "Bíblia"
- Nada mais de conceitos por aquela noite
Agora ela vai
Perder-se nos braços de sua imaginação...
Enquanto eu fico por aqui
Nessa ponta de caneta
Nesse ponto final .