samedi, février 25, 2012

ciranda de maluco

só existe hoje-ontem-amanhã e agora não sei onde.
acho que queria aqui mais ontem
mas hoje me tem e a manhã vem daqui a pouco
fechei quase todos os olhos e fiquei tonta.
os movimentos mudando de cor, caindo.
as coisas pintarolando tudo.
daqui a pouco eu talvez me deixe.
agora:


[Escurinho começou a cantar]

En passant

Quando a consciência desperta, deus pode ser a corda bamba de cada passo.
sempre firme a cada queda e conduzindo os olhos que se entreabrem pra onde tenha luz.
Pra mim, deus talvez inda seja meio fio, entre sins e nãos que buscam equilíbrio.

a vida disperta segue vislumbrante...

Quando a consciência se vir no espelho, deus certamente será o solo de até onde a vista não se firme.
e então, plena, a consciência se vê corda bamba, meio fio, solo e abisma.
caindo em si, se vê espelho e espaço.
vazia, enche tudo.

paira.

deusa, se vê luz.