Eu sou o presente
Presente do tempo, talvez
Meu futuro são os segundos que se seguem
Eu vou seguindo sem parar
Até que parem de seguir
Daí em diante,
Ficarei presa no presente que passou
O presente é uma cadeia
O tempo, pena perpétua
E o futuro não vai me lembrar
Tampouco me saber
- Grades opacas as do presente
Ah, o desprezo é a pior coisa que existe e não pensa
E o passado são gritos
Dos presos do presente que passou
Mas se o passado é o presente que passa,
Que passa, quem passa?
O que pára ou não?
E o passado são cantos tristes
Dos que ficaram no presente que passou
Ele vem pra nos levar
E, nos levando, nos ensina os mesmos cantos
Pros futuros presos ouvirem
E pros que conseguirem ouvir
Começarem a Bela Arte
Já os surdos, os cegos, os mudos, os Tolos
Ignoram tudo, os ignorantes não sofrem...
"É pena não ser burro, não sofria tanto"
Mas de que vale a ignorância dada a Consciência?
E de que vale a Consciência dada a ignorância?
Com ou sem Ciência, os ignorantes ignoram a si.
E os ignorantes são o próprio desprezo
Ah, o desprezo é a pior coisa que existe e não pensa
Só sei que logo penso.
samedi, mars 17, 2007
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