A ausência de forma imperativa para a primeira pessoa me obriga a tratar o espelho como a outra pessoa...
"A minha respiração sussurra o que ainda está vivo"
Ela disse certa vez
Disse enquanto vivia
E antes de morrer, dirá que
Deitou-se no chão de certo salão
Ouvia Cazuza, e aquela vivacidade
Já havia morrido
E enquanto acariciava o cadáver
Indolente de uma aranha que estava
Na caixa de som,
Olhava a fotografia da falecida avó...
O sarcástico é que ela não sabe aonde
Vai e voa o pensamento que soltou
Nem o que vai acontecer com o que ficou
Se vai com ela
Se ela vai ficar
Ou se vai voar.
1 commentaire:
bem que esse poema poderia ter sido musicado por joão ricardo e gravado por secos e molhados( paixões da minha vida)
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