samedi, février 24, 2007


A ausência de forma imperativa para a primeira pessoa me obriga a tratar o espelho como a outra pessoa...


"A minha respiração sussurra o que ainda está vivo"

Ela disse certa vez

Disse enquanto vivia

E antes de morrer, dirá que

Deitou-se no chão de certo salão

Ouvia Cazuza, e aquela vivacidade

Já havia morrido

E enquanto acariciava o cadáver

Indolente de uma aranha que estava

Na caixa de som,

Olhava a fotografia da falecida avó...


O sarcástico é que ela não sabe aonde

Vai e voa o pensamento que soltou

Nem o que vai acontecer com o que ficou

Se vai com ela

Se ela vai ficar

Ou se vai voar.

1 commentaire:

Anonyme a dit…

bem que esse poema poderia ter sido musicado por joão ricardo e gravado por secos e molhados( paixões da minha vida)