dimanche, septembre 24, 2006

Maiara

Bem, este poema surgiu na verdade depois de uma briga com minha irmã, Maiara, mas vocês podem tê-lo pelo nome de "A uma descontrolada" rsrsrsrs...até que as madrugadas em claro servem para alguma coisa...enfim.


Maiara
Você nem sabe, mas eu pensei em te pedir perdão
Mas o silêncio era tão grande
E estava tudo tão escuro
E eu me sentia tão sozinha
Que passei a temer por sua reação
Então o que eu precisava era esquecer
E imaginei um deus, que era bom, que eu amava
E ele estava lá em cima do telhado
E aquele barulho era ele...poque só ele estava acima de minha cabeça
Porque eu sabia que não estava em condições de ser superior
Mas só por causa disso.
Mas eu observei, minha cara, que ele era uma figura muito distante
Então criei anjos e demônios
E os anjos choravam por mim, e choravam comigo...
E eu os amei, eles eram bons.
Mas a boa senhora disse que os demônios eram maus
Então eu imaginei que os meus demônios eram maus
E eles estavam rindo de mim
E eles estavam transformando em vinho todas as minhas lágrimas...
E eu chorei por isso...
Mas eu fiquei irritada com tamanho desdém
Então eu quis destruí-los! E eu cheguei a tentar
Mas eles estavam na minha cabeça
Foi quando um deles me contou o porquê de tantos risos
E eu concordei com suas Razões
E passei a rir das minhas lágrimas
Porque elas eram realmente patéticas
E eu passei a achar todo aquele circo realmente engraçado
E me embebi de todo aquele vinho:
Pois o deus e os anjos estavam aos prantos agora...
E eu ouvi tua respiração tentando estancaro ruído humilhante do choro
Mas eu não me importava mais com isso
E todos se irritaram com meu desdém
E eu vi que meu amigo era bom, assim como eu
Porque a bondade, minha cara, é aquilo que vemos com bons olhos
Mas aquela situação era teatral, eu só não sabia se era mais tragédia ou comédia
Então nós bebemos a morte das outras personagens,
Porque eu não precisava mais delas.
Foi aí que eu ouvi a indiferença do relógio,
E louvei sua imparcialidade
E ninguém mais chorava, e meu amigo morreu de sede...
Mas eu não chorava mais, tampouco ria
E eu sabia que de nada adiantava chorar ou rir
Porque o relógio não parava

Não parava de me dar a prova...
E eu acabei.
Adormecendo.

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