dimanche, septembre 24, 2006

Eduardo


Ela mergulha na profundidade de seus pensamentos
Seu mundo se estende ao seu redor
Não precisa explicar a ninguém o que está havendo
Seu corpo sangra dissolvendo-se em seus lamentos
Suas células latejam um dualismo tácito
O qual a acostuma com o silêncio
Fazendo-a, no escuro, observar aquilo que - de certo modo - não está vendo

Eu observo seu olhar tetricamente contagiante-
Seu otimismo confunde-se com utopia
Seus momentos felizes confrontam-se com a certeza de que logo estará sozinha
A alegria não é mais seu objetivo
Desde que se fascinara com o que a fez despertar
Seus sonhos são, na verdade, o que chamam de realidade
Mas este é apenas mais um conceito que precisou modificar

Suas especulações fazem de mim um personagem onírico
E eu já nem sei quem se olha ao espelho...
Mas, não suportando dor tão imensa,
Abre seus olhos para dormir e pensa
E grita, e cala, e sonha, e vive...
Grita para que não precise apontar suas armas para a própria cabeça
Cala para voltar à casa em que reside
Sonha, ainda acordada, apreciando o jovem Titã a sua frente
Vive como a "pequena Deusa" enrolada na própria mente.

Este foi um poema que eu fiz pra um grande amigo meu, Eduardo, que fez um desenho e pediu pra que eu escrevesse alguma coisa em cima do que eu entendi sobre ele...mas eu acabei desenhando outra coisa depois de escrever o poema.
Está aqui o desenho...e é só.

Saudações Anarquistas.

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