"Uma imagem vale mais que mil palavras"
Mas a imagem de um milhão de lágrimas de nada vale
As palavras envenenadas e pontiagudas
A blusa ensangüentada de lágrimas
O sangue que não escorre
Do pulso que não sangra
O silêncio com que estrangula o suicídio
O espelho que não reflete o rosto
O rosto já insustentado pelo pescoço
A cabeça que se encosta na parede
O corpo sentado no chão do banheiro
Olha o espelho inalcançável
As mão esqueléticas que escalam a pia
E molham o rosto cansado
Acusam a semelhança entre a Vida e a Morte
Apontando tão somente para outras reações
-A porta que isola o Inexplicável
Que solta a Naturalidade
Do animal fadado à consCiência
A beleza que seca
No rosto que derrete
A sequidão que evapora a dor
A graça que a Consciência acha da (i)relevância
Pergunte o motivo
E o Eco vai responder
Que o clima estava tenso o bastante para se romper
- Tração exacerbada num fio ideal
Rompimento que afeta o ideário, quando real
A realidade que acorda o desespero
Pergunte a causa
E o Eufemismo vem correndo te gritar
Que do corpo...copo, já à boca que grita
Só faltava mesmo aquele cuspo
Verdade, não lhe bateu a face
Nem saiu em líquido bela boca da Nobre e boa Senhora,
Mas sua solidez estraçalhou os Sentidos
O ódio pela estupidez não deixa de ser estúpido
Mas o desprezo pela intolerância a deixa sozinha
5 commentaires:
com sangue o tecido gosto que me enrrosco obrigado pelos motivos sim muitos são os motivos e motes nestes caminhos tel...
TEMOS PROPOSTAS SEMELHANTES NÃO GOSTOU DO SANGUE ELE É AZUL DA COR DO MAR DO BLUES E SE A PIGMENTAÇÃO É BRANCA SOU O BRANCO MAIS PRETO QUE O KID VINICIUS E DOU TIROS NAS MOSCAS DO COCO CHANEL DA YVES SANT LOURENÇO SEM DOCUMENTO VOU ATÉ DIJON SEM SER ENCOMODADO PELO COBRADOR OU MESMO PELO CONDUTOR OS TITULOS VEM E VÃO CONFORME O SER QUE TOCA DESLOCA OS ESTRUTURALISTAS PARA ALEM BARTHES E A AULA OU AS TRES ECOLOGIAS E OUTRAS GIAS RÃS QUE BUSCO NA TOCA DISPENSANDO O ARPÃO...
Palavas violentas para momentos vilentos.
Belo e triste poema
E o Eco vai responder o que, se o som que chega é tão intenso que o abafa?
E eu, vou comentar o que, se o que leio me suprime as palavras?
Menina!!!
Oi Maíra, ainda tou ofegante com tamanha poesia... Lindo!
Se fosse eu, transformava isso em prosa. Não mudava nada, acho que ficava mais intenso!
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