vendredi, novembre 20, 2009
Sinto algo externo a mim presente, como se viesse e me envolvesse vezenquando. Também não posso afirmar que escorre no para-dentro dos meus poros, talvez mesmo deles escape. Sei que me abraça completamente e me trata com um carinho... parece até que me perdeu, ou muito teme que eu vá embora. Alisa meus cabelos, finge que desenha meu rosto.. depois arqueia as sobrancelhas e diz que não tem ninguém me abraçando completamente. É quando vira de costas e começa a cantarolar qualquer coisa, como se não tivesse nada mais o que dizer. Eu me sento ao lado, calada, e o concentro entre meus braços, num abraço de silêncio .. até que volta a ser nada e eu volto a estar imperceptivelmente só. Mas quando o abraço é silencioso o bastante, sinto uma pontada forte no peito e percebo que foi ele quem se encolheu todo dentro do meu coração. Mistura-se ao sangue e passa a bombear um silêncio por todo o corpo, como se não houvesse mesmo nada mais a dizer. Respiro fundo e deixo que ele caia pleno em meus pulmões, saindo aos poucos pela minha voz: começo a cantarolar aquela qualquer coisa e digo que não sei a quem me pergunta que melodia é essa.
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3 commentaires:
Quando me olho neste espelho abstrato, lamento não estar por perto, bem ao lado, à distância de um toque, que é muito mais perto do que um genérico "olá"!
Que 2010 nos traga amores, sabores, saberes e prazeres.
cara sem palavras voce devia seguir a carreira de poeta isso se voce ja nao é!!
g. f.
incrível.
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