jeudi, octobre 09, 2008

O dito pelo não visto

A tristeza do olho aberto no escuro
Olha para um ponto fixo qualquer
Mas não existem pontos fixos
Que não dentro do grandiúnico
Ponto fixo que era aquele momento

Momento escrito pelo escuro
Que não vê o papel
Não há necessariamente
A necessidade do abajur preciso

O escuro é a luz com a qual
Enxerga-se o Nada
Assim como o silêncio
.

...

!

Fiz-me o consolo fatal
Dizendo que não tinha culpa
Que fui cuspida nesse contexto
E obrigada a obedecer às regras do jogo
Mesmo não as sabendo e ainda assim
Com as quais(?) não concordando
Que por isso e que por aquilo

Faz-se o sentido.

Agora devo estar pronta para ler Sartre..
e isso não é bom
Diria isso a alguém
Se alguém aqui estivesse
E esse alguém não entenderia
E eu me levantaria dizendo
Vou beber água
Porque seres humanos bebem água
E porque eles não existiriam se a não bebessem
E se não a fossem. Também.
E também porque tenho vontade
- Com licença.

2 commentaires:

Marco Valladares a dit…

Est la volonté, mademoiselle!

Sem nome a dit…

tão Eu =)...