Olhem só a normalidade como é linda!
Eu bato no banco, escuto o barulho
Olhem só como eu sou ridícula!
E essa risada compulsória que dou enquanto choro...
Mas que coisa familiar!
Os mesmo CD's, os mesmos livros...
Augusto passa as mãos carcomidas
Em minha cabeça atordoada e confusa
Olhem só com que gosto eu fecho porta
Rindo convensionalmente pra menina que sai
Ouviram? Exato, a música que ela cantava
Também me incomodava...
Aquele agudo no "amore mio"
E a observação que ela fez em "la vita di noi due"
Obrigavam-me a reações normais, convensionais...
Afinal, ela bateu no banco e merecia o barulho
Mesmo que calado, mentiroso e vazio
A propósito...este quarto está mui vazio
Quero companhia!
Quem me acompanha neste fim de "poema"?
Quem cantará pra mim depois que eu virar a folha?
Ah, Caetano! Alegria, Alegria!
Sem lenço, a camisa serve...
Sem documento, eles estão aqui
Mas nem por isso dizem quem sou
Por que não? Por que não?
A Realidade é sarcástica mesmo...
E, antes que o dia arrebente, olharei o relógio: 02:45!
E sorrirei tranqüila
Na extensão de minha mente que é esse quarto
Viva a Marta-tata, viva a mulata-tatatata
Mas eu não tenho roseira na mão direita...
Se a tivesse, dedicaria a Renato Russo...
Então, viva a Bahia-iaia!
Descartes está tão sugestivo nessa capa verde...lindo!
Bem que eu poderia estudar Matemática agora
Se aquela menina não fosse dormir
Mas, que tudo o mais vá pro inferno, meu bem!
E eu também vou...
Mas, antes, olhem só a normalidade como é linda!
dimanche, avril 29, 2007
samedi, avril 28, 2007
samedi, avril 14, 2007
Poema Sem Título
"Uma imagem vale mais que mil palavras"
Mas a imagem de um milhão de lágrimas de nada vale
As palavras envenenadas e pontiagudas
A blusa ensangüentada de lágrimas
O sangue que não escorre
Do pulso que não sangra
O silêncio com que estrangula o suicídio
O espelho que não reflete o rosto
O rosto já insustentado pelo pescoço
A cabeça que se encosta na parede
O corpo sentado no chão do banheiro
Olha o espelho inalcançável
As mão esqueléticas que escalam a pia
E molham o rosto cansado
Acusam a semelhança entre a Vida e a Morte
Apontando tão somente para outras reações
-A porta que isola o Inexplicável
Que solta a Naturalidade
Do animal fadado à consCiência
A beleza que seca
No rosto que derrete
A sequidão que evapora a dor
A graça que a Consciência acha da (i)relevância
Pergunte o motivo
E o Eco vai responder
Que o clima estava tenso o bastante para se romper
- Tração exacerbada num fio ideal
Rompimento que afeta o ideário, quando real
A realidade que acorda o desespero
Pergunte a causa
E o Eufemismo vem correndo te gritar
Que do corpo...copo, já à boca que grita
Só faltava mesmo aquele cuspo
Verdade, não lhe bateu a face
Nem saiu em líquido bela boca da Nobre e boa Senhora,
Mas sua solidez estraçalhou os Sentidos
O ódio pela estupidez não deixa de ser estúpido
Mas o desprezo pela intolerância a deixa sozinha
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